Texto produzido em 2010.
Foto: Marina Oliveira.
Foto: Marina Oliveira.
Tenho um grande amigo roqueiro e
compositor que tem o dom das palavras exatas. No início da minha jornada mais
recente de autoconhecimento perguntei, durante um almoço: “Se tivesse que me
descrever em poucas palavras, o que você diria?”. Quase sem respirar, disparou:
“Uma imensa energia realizadora”. Na hora não achei nem bom e nem ruim, só
altamente inesperado. Mas aquilo me acompanhou, sem eu saber direito a razão.....
GOSTOU?! #debaixodosipes
Em Brasília: à venda na Banca da Conceição, na superquadra 308 sul.
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Muito legal seu blog, Marina! Boa forma de canalizar sua energia realizadora com o tempero de Oxalá e um pouquinho de cada orixá! Axé!
ResponderExcluirMarina, pode crer que tem algo de Iemanjá em você. Essa sua generosidade na entrega e no compartilhamento da vida enquanto texto só pode ser coisa de Janaína.
ResponderExcluirBom, mas quero também dizer algo sobre a dupla Ogum e Oxala para gente pensar juntos. Acho que a expressão "imensa energia realizadora" sintetiza perfeitamente a força que emana dessa relação entre os dois orixás. Contudo, acredito q essa energia também se expressa como prazer na destruição. Sobretudo, na infância ou na imaturidade. Na à toa Oxalá é sempre dois: Oxagiã, o jovem impulsivo, e Oxalufã, o velho sábio. A companhia de Ogum nos ajuda a compreender e a lidar com essa energia, que assusta, de ter prazer em destruir/subjugar algo ou mesmo alguém. De certa forma, crescer ou amadurecer é aprender a retardar o gozo e a desvinculá-lo da aniquilação. Talvez seja isso o tal "processo civilizatório". Quem sabe.
O fato é que o Antônio, meu segundo filho, também é de Ogum. E ontem, esse filho das armas, dos metais e da guerra foi dormir depois de me pedir desculpa por ter chutado minha nuca durante nossa brincadeira de luta. Antes, tentou cortar o meu pescoço com sua espada, mas felizmente a espada era de plástico. Esta foi mais uma sexta-feira 13 que eu escapo da degola.